Série B: Dados que Contam

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Série B: Dados que Contam

Os Padrões Ocultos Por Trás do Caos da Série B

Seja honesto: se você não é um torcedor fanático, a segunda divisão brasileira parece assistir alguém jogar xadrez com peças desiguais. Mas, após anos construindo modelos em Python com eventos de partidas do Rio a Recife, posso afirmar: há método no caos.

A 12ª rodada entregou exatamente isso: 36 jogos em cinco semanas. Alguns terminaram em silêncio; outros explodiram em drama. E sim—antes de perguntar—houve muitos empates em 1-1 e gols nos últimos minutos. Não por sorte, mas porque os dados dizem assim.

Quando Momentum Encontra Matemática

O destaque? A consistência de equipes como o Goiás, que já empatou quatro dos últimos cinco jogos (incluindo um crucial 1-1 contra o Remo), mantendo uma diferença positiva de xG sólida. Sua defesa não é glamorosa — mas é eficiente. É o que acontece quando a linha traseira permite apenas 0,78 finalizações por jogo.

Por outro lado, a queda do Vila Nova contra o Cruzeiro (uma derrota esmagadora por 4–0) revela algo mais profundo: pressionar alto sem estrutura de recuperação leva a colapsos previsíveis. Um passe errado e você está três gols atrás até o minuto 38.

Já a sequência recente do Ferroviária — duas vitórias seguidas após seis jogos sem vencer — não é mera sorte. Eles melhoraram seus pontos esperados de menos de 3,0 para mais de 4,5 desde a mudança tática no meio da temporada.

Mudanças Táticas que Moveram Tudo

Veja o Botafogo SP: antes dependente de lançamentos longos (e frequentemente frustrado), agora sofre menos de um gol por jogo após adotar um sistema baixo contra times maiores como o Palmeiras B.

E não subestime o Amazonas FC, cujo retrospecto em casa subiu após a reforma do gramado — as apresentações médias aumentaram quase 44%. Mais torcida = mais pressão = menos erros.

Até os empates têm peso aqui — não como fracassos, mas como resultados estratégicos. Sete partidas terminaram empate no intervalo antes de se decidirem depois — sinal claro de que treinadores estão aprendendo a gerenciar energia melhor do que nunca.

O Que Está Por Vir?

Olhando adiante? A briga pelo acesso está ficando cada vez mais apertada.

Com apenas duas rodadas antes da pausa na metade da temporada (quando a fadiga começa), veremos times como Chapecoense ou Avaí tentarem ataques corajosos — ou apostarem tudo na defesa se estiverem lutando pela sobrevivência.

Apostaria no Goianésia vencer seus próximos dois jogos, salvo lesões novamente — eles estão construindo impulso silenciosamente com defesas limpas e execução inteligente nos escanteios.

Além disso: todas as equipes que enfrentam adversários das últimas posições obtiveram uma diferença média +0,9 nos pontos esperados versus aquelas acima delas. Isso, meus amigos, é onde verdadeira inteligência tática aparece — não apenas talento.

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