Waltairadonda vs Avaí: Empate de Resiliência

A Partida Que Recusou Ser Decidida

Em 17 de junho de 2025, às 22:30 UTC, dois times do meio da tabela enfrentaram-se no Estádio Serra Dourada, em Goiânia. Waltairadonda — fundado em 1946, com orgulho regional — e Avaí, de Florianópolis (criado em 1953), ambos lutam pela promoção, mas sem certeza absoluta.

O jogo terminou empatado em 1-1 após 86 minutos intensos — sim, exatamente isso: fim ao meio-dia. O relógio do meu laptop marcava 00:26:16 quando o apito final soou. Não dramático. Não poético. Apenas… preciso.

Impasse Tático Sob Pressão

Seja honesto: esta não foi entretenimento. Foi xadrez com botas. O Waltairadonda manteve defesa alta durante quase todo o jogo — formação 3-5-2 baseada na solidez defensiva — mas não converteu suas chances.

O Avaí? É aquele time que vence por não perder primeiro. Média de posse abaixo de 48%, mas precisão nos passes em torno de 87%. Você não vence com volume; vence com precisão.

Ambos os times tinham mais de dez finalizações por jogo nesta temporada. Apenas um marcou — o gol do time da casa veio num escanteio após sete minutos de pressão no segundo tempo. O Avaí igualou com contra-ataque tardio: um passe diagonal do meio-campista Felipe Santos para o atacante Rafael Pinto, que encerrou sob três defensores.

Isto não é só sobre gols; é sobre intenção. E intenção nem sempre se traduz em resultados.

Pontos de Dados e Drama Humano

O Waltairadonda teve mais escanteios (7 contra 4) e maior xG no primeiro tempo — ainda assim zero gols. O Avaí teve menor xG, mas converteu sua única chance perfeitamente.

A ironia? Nenhum dos dois cometeu mais de oito faltas ou levou cartões. Sem vermelhos, sem cartões amarelos teatrais — apenas profissionalismo silencioso, quase clínico.

Torcedores agitavam bandeiras sob chuva enquanto estatísticos como eu anotavam como se estivéssemos numa guerra contra a entropia.

Sim — futebol é emocional — mas não vamos fingir que paixão substitui análise quando sua sobrevivência depende de um ponto por jogo.